Contador Indo-Português de formato paralelepipédico, em teca, sissó e ébano, marchetado de marfim com decoração em mosaico sadeli. Frente com dez gavetas, simulando doze, todas iguais e em perfeita simetria na decoração. O exterior está decorado na reserva central por uma sequência de arcos contra-curvados de perfil islâmico.
Ao contrário da maioria das tipologias de mobiliário produzido na Ásia para o mercado europeu, seguindo protótipos levados pelos Portugueses no século XVI, este modelo segue uma forma em uso na Ásia, nomeadamente no Japão. Estas raras peças de mobiliário ficaram conhecidas em português como ventó, de bentó, uma palavra de origem japonesa.
Teca, sissó e marfim (tingido e cor natural) Arqueta-escritório de tampo de levantar de caixa paralelepipédica, assente em pés de bola achatada, com estrutura de teca e faces exteriores em sissó decorado a embutidos de teca, sissó e marfim à cor natural e tingido de verde, e ferragens e pregaria em cobre vazado e dourado. O tampo de levantar dá acesso a um compartimento central rodeado na frente e nas laterais por três escaninhos (para os instrumentos de escrita), com um tinteiro e uma poeira em sissó ladeando cada um o escaninho da frente.
Par de contadores de mesa em teca, com tampo de abater, revestidos a placas de tartaruga sobre folhas de ouro, com seis gavetas simulando sete. As placas de tartaruga estão emolduradas simultaneamente por tarjas de marfim e embutido linear de segmentos de madeira alternando com marfim.
Ferragens de latão com espelho em forma de roseta, asas nas ilhargas, pormenor que reflecte o carácter móvel destas peças que, pelas suas dimensões são facilmente transportáveis.
Excepcionais bases de tocheiros indo-portugueses, em teca entalhada e policromada. Pernas em forma de anjo, assente sobre voluta e terminando em pé de garra; as cabeças dos anjos sustentam tampo triangular. Painéis decorados com elementos vegetalistas e volutas, com reservas centrais representando Querubins e IHS – Insígnias da Companhia de Jesus.
Harmoniosa banca ou mesa indo-portuguesa do séc. XVII, de duas gavetas e travejamento duplo, em teca com embutidos em ébano. Tampo rectangular saliente, uma característica comum neste género de mobiliário, com elegante decoração, dada pela simplicidade dos embutidos. Ao centro formas geométricas e vegetalistas, parecendo delinear uma roseta e caules com folhas estilizadas, motivo este que se repete nos cantos garantindo a continuidade com o padrão vegetalista do centro.
Invulgar banca ou mesa de escrita indo‑portuguesa do século XVII em teca e sissó, com embutidos e guarnições em marfim e ébano. A decoração invade todo o móvel, tirando partido do efeito contrastante das madeiras utilizadas: embutidos escuros de ébano sobre o fundo claro da teca, pontuados por pequenas cavilhas de marfim, que matizam as superfícies de pontos brancos.