Caixa Namban Decorada com Dois Portugueses e um Servo / A Namban Box with Two Portuguese Figures and a Servant, Japão, periodo Edo, sèc. XIX Japan, Edo period 19th. c.
criptoméria, laca, pigmentos e ouro / cryptomeria, gilded lacquer and pigments
Alt.: 7 cm
F1328
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A rare, lacquered, polychrome, and gilt cylindrical shaped Namban box. Profusely decorated, it features three Portuguese figures in western attire characteristic of the 16th century, from which stand out the galligaskins (very loose trousers) and the tall hats. A river, together with cherry blossoms (Sakura), both popular motifs towards the end of the Edo Period and overtly used on Kosode , supplement the container ornamental composition.On the cover surface, a group of four adjacent squares, one enclosing a Cross of Christ, and the others what might correspond to a local interpretation of a possibly Portuguese geometrized armorial shield, framed by a border of stylized cherry blossoms.Even though some of these decorative elements allude to the 16th century period, when the Portuguese had just landed in Japan, others became popular in the 1860s, as expressions of the collective memories of Japanese artisans’ experiences during the Sakoku , in a marked fusion between western and eastern art. The Edo Period was defined by the circulation of lacquer work’s artistic techniques through the Japanese regions that did not carry such tradition. The Edo Shogunate capital city, modern day Tokyo, would eventually accommodate the Daimyo urban homes, in the areas surrounding the castle, and consequently the various lacquer artisans’ workshops that would turn this city into the evident rival of Kyoto, the Imperial capital.
Rara caixa namban de formato cilíndrico acada e dourada. Profusamente decorada, nesta caixa podemos observar a representação de três figuras de portugueses com os seus trajes típicos ocidentais do século dezasseis, do qual sobressai as bombachas e os chapéus altos. A representação de um rio que, juntamente com as flores de cerejeira (Sakura), denotam uma forma de design muito popular do período Edo, usado ostensivamente nos Kosode . A tampa desta caixa encontra-se decorada com motivos vegetalistas nas suas bordas e, ao centro, uma representação ou interpretação de um brasão claramente português, onde se pode notar a cruz de cristo e outras formas geométricas típicas da heráldica lusitana. Apesar dos elementos decorativos desta peça remeterem para um período em que os portugueses tinham praticamente acabado de chegar ao Japão, no século dezasseis, a combinação com a representação conjunta de rio e flores de cerejeira, é mais tardia, tendo estes motivos se tornado mais populares no século XIX, evocando o espírito de memória coletiva dos artesãos japoneses, anterior ao período do Sakoku . O período Edo foi marcado pela difusão das técnicas artísticas das lacas pelas regiões do Japão que ainda não possuíam essa tradição. A capital do xogunato, Edo (atual Tóquio), passa a albergar, à volta do castelo, as residências urbanas dos Daimyo, e por isso, também, os ateliers dos vários artistas lacadores, passando esta cidade a rivalizar com a capital imperial Quioto. Denotando esta fusão entre a arte ocidental e a oriental, esta caixa combina elementos figurativos portugueses, como os brasões e as próprias figuras humanas e o seu respetivo traje, com os tipicamente japoneses como é o caso dos elementos naturais das Sakura e da representação do rio.
Rara caixa namban de formato cilíndrico acada e dourada. Profusamente decorada, nesta caixa podemos observar a representação de três figuras de portugueses com os seus trajes típicos ocidentais do século dezasseis, do qual sobressai as bombachas e os chapéus altos. A representação de um rio que, juntamente com as flores de cerejeira (Sakura), denotam uma forma de design muito popular do período Edo, usado ostensivamente nos Kosode . A tampa desta caixa encontra-se decorada com motivos vegetalistas nas suas bordas e, ao centro, uma representação ou interpretação de um brasão claramente português, onde se pode notar a cruz de cristo e outras formas geométricas típicas da heráldica lusitana. Apesar dos elementos decorativos desta peça remeterem para um período em que os portugueses tinham praticamente acabado de chegar ao Japão, no século dezasseis, a combinação com a representação conjunta de rio e flores de cerejeira, é mais tardia, tendo estes motivos se tornado mais populares no século XIX, evocando o espírito de memória coletiva dos artesãos japoneses, anterior ao período do Sakoku . O período Edo foi marcado pela difusão das técnicas artísticas das lacas pelas regiões do Japão que ainda não possuíam essa tradição. A capital do xogunato, Edo (atual Tóquio), passa a albergar, à volta do castelo, as residências urbanas dos Daimyo, e por isso, também, os ateliers dos vários artistas lacadores, passando esta cidade a rivalizar com a capital imperial Quioto. Denotando esta fusão entre a arte ocidental e a oriental, esta caixa combina elementos figurativos portugueses, como os brasões e as próprias figuras humanas e o seu respetivo traje, com os tipicamente japoneses como é o caso dos elementos naturais das Sakura e da representação do rio.
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