Manga de Farmácia com as Insígnias da Ordem de Aviz/ Apothecary Jar, 1610–1630
faiança portuguesa / portuguese faience
Alt. / H. : 27,0 cm
C583
Wanli Decoration
Portuguese faience cylindrical and moderately concave apothecary jar, decorated in cobalt-blue and manganese-purple on white enamel glaze.Diagonally across the body an oblique cartouche with the inscription “S.BUGLOZI” stands out against a background of large daisies on a blue field. The whole composition framed by a vegetal frieze ring on the neck and by a fillet encircling the base.
Manga de farmácia de grandes dimensões, de formato tubular, ligeiramente cintada, com pé circular, colo baixo e bordo revirado, decorado a azul-cobalto e amarelo de antimónio, sobre esmalte branco. O bojo ostenta uma decoração do tipo oriental com profusa vegetação de ramos dispersos e estilizados, de pinheiros e chorões e flores de ameixieira e peónias. Na metade inferior da composição, um padrão denteado, triângulos justapostos ligados por arcos, à maneira de uma grinalda, que albergam ramos de peónias e flores de ameixieira estilizados. Na parte superior do corpo destaca-se cartela circular em tons mostarda, com a Cruz da Ordem de Avis inscrita. Junto ao colo e na base, faixas em amarelo e azul. A exuberância da decoração traduz um horror vacui, muito característica da influência islâmica na peça.O uso da cor amarela, muito rara na faiança da época, quase sempre decorada a azul, realça a importância da peça, feita por encomenda para um Convento da Ordem de Avis.
A renascença italiana marcou não somente a decoração, mas também as tipologias e os modelos, como é o caso dos canudos de farmácia, que descendem directamente dos albarelos da majólica. Para além da forma, também a cor amarela se inclui, claramente, na influência italiana.
A Ordem de São Bento de Avis ou simplesmente Ordem de Avis (inicialmente chamada de Milícia de Évora ou Freires de Évora) era originalmente uma ordem religiosa militar de cavaleiros portugueses que teria tido origem em Castela, como ramo da Ordem de Calatrava, embora muitos historiadores afirmem que foi criada em Portugal no século XII por D. Afonso Henriques.
Peça semelhante em MATOS, Maria Antónia Pinto de, MONTEIRO, João Pedro, A Influência Oriental na Cerâmica Portuguesa do Século XVII (Catálogo), Lisboa: Electa, 1994, p.10
Portuguese faience cylindrical and moderately concave apothecary jar, decorated in cobalt-blue and manganese-purple on white enamel glaze.Diagonally across the body an oblique cartouche with the inscription “S.BUGLOZI” stands out against a background of large daisies on a blue field. The whole composition framed by a vegetal frieze ring on the neck and by a fillet encircling the base.
Manga de farmácia de grandes dimensões, de formato tubular, ligeiramente cintada, com pé circular, colo baixo e bordo revirado, decorado a azul-cobalto e amarelo de antimónio, sobre esmalte branco. O bojo ostenta uma decoração do tipo oriental com profusa vegetação de ramos dispersos e estilizados, de pinheiros e chorões e flores de ameixieira e peónias. Na metade inferior da composição, um padrão denteado, triângulos justapostos ligados por arcos, à maneira de uma grinalda, que albergam ramos de peónias e flores de ameixieira estilizados. Na parte superior do corpo destaca-se cartela circular em tons mostarda, com a Cruz da Ordem de Avis inscrita. Junto ao colo e na base, faixas em amarelo e azul. A exuberância da decoração traduz um horror vacui, muito característica da influência islâmica na peça.O uso da cor amarela, muito rara na faiança da época, quase sempre decorada a azul, realça a importância da peça, feita por encomenda para um Convento da Ordem de Avis.
A renascença italiana marcou não somente a decoração, mas também as tipologias e os modelos, como é o caso dos canudos de farmácia, que descendem directamente dos albarelos da majólica. Para além da forma, também a cor amarela se inclui, claramente, na influência italiana.
A Ordem de São Bento de Avis ou simplesmente Ordem de Avis (inicialmente chamada de Milícia de Évora ou Freires de Évora) era originalmente uma ordem religiosa militar de cavaleiros portugueses que teria tido origem em Castela, como ramo da Ordem de Calatrava, embora muitos historiadores afirmem que foi criada em Portugal no século XII por D. Afonso Henriques.
Peça semelhante em MATOS, Maria Antónia Pinto de, MONTEIRO, João Pedro, A Influência Oriental na Cerâmica Portuguesa do Século XVII (Catálogo), Lisboa: Electa, 1994, p.10
Provenance
António Miranda, Lisbon and Manuel da Bernarda, Alcobaça collectionsExhibitions
"Un Siècle en Blanc et Bleu", Paris 2016Join our mailing list
* denotes required fields
We will process the personal data you have supplied in accordance with our privacy policy (available on request). You can unsubscribe or change your preferences at any time by clicking the link in our emails.