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Par de Castiçais Civis , Portugal, séc. XVII

prata
15,5 cm
B271
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Raro par de castiçais portugueses do século XVII (cerca de 1665) em prata maciça.A base é quadrangular, prolongando-se por duas bolachas circulares separadas do fuste por anel saliente. A haste é facetada, de secção octogonal, prolongada por elo arredondado formado por três registos lisos e delimitados por anel relevado, terminando em copo circular liso com rebite.Peças de grande erudição e qualidade, estas lumieiras seguem a corrente estilística nacional de figurino clássico, ao gosto do “estilo chão” português que utilizava uma linguagem depurada, predomínio da forma em detrimento da decoração, singrando as superfícies lisas de volumes nítidos, e expurgados de excesso decorativo. Esta via filiou-se numa estética maneirista, muito adotada durante o séculoXVII, que repercutia as directrizes emanadas do Concílio de Trento, exigindo a eliminação de todo o “engodo de impureza e luxúria”, com a destituição da ornamentação acessória nas peças de cariz civil e religioso.Aqui, o ourives prateiro sublinhou o caracter despojado, equilibrado e austero, onde prevalecem as superfícies lisas nos vários registos, divididos por emolduramentos feitos ao torno, com predomínio de formas geométricas perfeitas, obtendo um excelente equilíbrio.É habitual nesta época a ausência de marcas de contrastaria nas peças de prataria portuguesa. Este modo de trabalhar conheceu uma posterior transformação no período Barroco, em pleno reinado de D. Pedro II, quando o monarca obrigou os oficiais ao uso de punções, de forma a controlar a matéria-prima e o próprio ofício (1688).Estes castiçais apresentam uma relação direta entre a mensagem inscrita e a função a que são destinados. Aparentemente serão uma encomenda de carácter civil, posteriormente adaptados ao contexto religioso, através da sacralização do seu uso, como demonstra a inscrição em língua castelhana [Soi’ De[e]l S, mo Sacramento año de 1713], ano correspondente à sua reutilização para o culto ao Santíssimo Sacramento. Esta devoção saiu reforçada com o Concílio de Trento, onde a Eucaristia assumiu um carácter verdadeiramente triunfal. Para a exaltação do Sacramento Eucarístico (o Santíssimo Sacramento) assistiu-se ao nascimento de inúmeras Confrarias e Irmandades portuguesas, as quais encomendavam pinturas a óleo, retábulos em talha, paramentaria e ourivesaria, a fim de decorarem capelas e altares sob a sua invocação. Para além da datação e menção ao Santíssimo Sacramento, transcrevem um salmo de São Mateus (Cap. 11, vers. 25: Confiteor tibi, Pater, Domine caeli et terrae, quia abscondisti haec a sapientibus et prudentibus et revelasti ea parvulis), reforçando o caracter religioso. A legendagem, numa escrita manual e livre, obrigou o gravador a abreviar paleograficamente certas palavras, para as introduzir no espaço a elas destinado.A utilização da língua castelhana, já depois da Restauração da Independência, prende-se com o facto da cultura hispânica não ter sido apagada, apesar da rotura política entre Portugal e Castela. Na Literatura, usavam-se frequentemente as duas línguas, português e castelhano, o que não causa nenhuma surpresa, se tivermos em conta que muitos nobres, magistrados e religiosos (aqueles que tinham acesso à cultura) tinham frequentado os Estudos Gerais de Salamanca ou Alcalá, estando ligados à Espanha por laços intelectuais e de amizade.A configuração formal, material e estilística destes objetos associa-se a obras cronologicamente idênticas, entre elas, oito castiçais de prata, utilizados como purificadores e datados de 1665, hoje depositados no Museu Alberto Sampaio. Ao tempo, guardavam-se na Sacristia da Colegiada de Guimarães, conforme deles faz fé o Regimento de 1661 – 1665. Sabe-se que foram manufacturados pelo ourives Francisco Luís Pinheiro, de Guimarães, que “executou e restaurou para a Colegiada, na época em que era prior D. Diogo Lobo da Silveira [1663 – 1666], várias obras em prata e em ouro”.Na exposição “A Ourivesaria Portuguesa e seus Mestres” que se realizou no Museu Soares dos Reis, no Porto em 2007, exibiu-se um par de castiçais idênticos, não legendados e gravados com uma urna de flores, em cada um dos vértices da base.Curiosamente, existe um par de castiçais com as mesmas características e em tudo semelhantes às peças aqui estudadas, mas cujas inscrições divergem no carácter linguístico. As maiores diferenças localizam-se na legenda [Soi’ De[e]l S, mo Sacramento año de 1713 ] colocada numa das faces da base, onde o [Soi’] desaparece e o [Del] passa a [De] e o [año] a [ano] o que nos leva a crer que estas inscrições foram propositadamente rasuradas, dado o espaço, sem nexo, que ficou em aberto.Perante estes dados, e atendendo à semelhança inequívoca entre os dois pares de castiçais, é lícito equacionar que pertencem ao mesmo fabrico e, talvez, à mesma encomenda, com o objectivo de servirem para a adoração do Santíssimo Sacramento, em contexto histórico ainda desconhecido.
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