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Canudo de Farmácia com as Insígnias Dominicanas "Pré-Aranhões", Lisboa, 1630-1650

faiança portuguesa
19 cm
C758
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MONCADA, Miguel Cabral, Faiança Portuguesa, séc. XVI a Séc. XVIII, Lisboa: Scribe (p. 89)
ROQUE, Mário, Lisboa na Origem da Chinoiserie, Lisboa: São Roque, 2018 (pp. 138-139)

Manga ou canudo de botica, em faiança portuguesa do século XVII. De formato cilíndrico, ligeiramente afunilado na base, tem colo baixo, recuado, e bordo saliente, está revestido com esmalte estanífero branco e decorado a azul-cobalto com contornos a vinoso de manganês.

O corpo apresenta uma cartela bilobada, dominada por exuberante insígnia da Ordem Dominicana ou dos “Pregadores”, onde se destaca escudo com cruz flordelisada, envolvido por cartela maneirista com enrolamentos. No tardoz, composição centrada por coelho, ou lebre, sentado num montículo, de cabeça erguida, como se estivesse a olhar para o firmamento. Envolvem-na duas ramagens de crisântemos desabrochados, simetricamente colocados, como se de uma moldura se tratasse.

Na base, dois filetes azuis emoldurados a vinoso, que delimitam faixa barroca - formada por enrolamentos de acantos delineados a manganês e preenchidos a azul nos interstícios – e que termina com barra em azul-cobalto. O colo está decorado com dupla tarja, por entre filamentos castanhos de manganês.

Esta manga foi encomendada para a botica de um convento dominicano, destinando-se ao armazenamento de fármacos e especiarias. O uso de faiança nas farmácias conventuais permite-nos traçar, não só a história deste material, como das suas características estilísticas.

Embora já da segunda metade da centúria, mantém-se a influência da porcelana chinesa, em uso desde o início do século, no uso da cor azul, a que foi adicionado o contorno a manganês, inspirado nos objectos “Ducai” do Período de Transição (1620-1683)[1]. Também de origem oriental é a temática vegetalista e o herbívoro, tema caro à mitologia chinesa. Isolado e a olhar para o céu, este mamífero deriva da energia vital da Lua, por associação a Chang É (em chinês:嫦娥) - a deusa deste astro - que tem como acompanhante o “coelho de jade”. Quando não está a preparar os elixires da imortalidade, o coelho faz companhia a esta bela deusa no Palácio da Lua.

Para além da temática chinesa, evidenciam-se elementos decorativos ocidentais como a denominada “faixa barroca”, com folhas de acanto estilizadas, semelhantes a “volutas”, adaptando-se a decoração a um certo hibridismo, muito adequado a esta cronologia.

A farmácia conventual teve um enorme prestígio em Portugal. Eram famosas as boticas dos cónegos regrantes de Santo Agostinho, de Lisboa (São Vicente de Fora), de Coimbra (Santa Cruz), e dos Dominicanos em Lisboa, na Batalha e Aveiro. Instituições muito frequentadas pela população e a única fonte de assistência médica, algumas tinham o monopólio de abastecimento local, inclusivamente a certos hospitais, consistindo numa enorme fonte de receita, e que deu origem ao protesto dos boticários seculares[2], ao longo dos séculos.

O fabrico de canudos é atribuído principalmente às oficinas de Lisboa, a partir da segunda metade do seculo XVI, como abona o Regimento dos Oleiros de 1572. No exame para a obtenção da carta de ofício de oleiro de louça branca ou malegueira, o candidato deveria executar diversos objectos para uso de boticas, aspecto revelador da importância que esta clientela representava para a produção oleira.


[1] Técnica em que os contornos da pintura são desenhados sobre o vidrado, com pigmentos de ouras cores. Cf.: DOMINGUES, Celestino, 2006, pp. 75-76.

[2] Cf.: http://www.boticaconvento.ipt.pt/pt/a_botica_do_real_convento_de_thomar/

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