Escultura devocional Cíngalo-Portuguesa representando São João Baptista, certamente de encomenda da segunda metade do séc. XVI para um altar privado. Única do ponto de vista iconográfico, esta imagem do santo com aspecto meditativo é, apesar das óbvias faltas, verdadeiramente excepcional quer na expressividade do rosto, no cuidado na representação dos detalhes anatómicos como cabelos, barba e orelhas, e no detalhe no entalhamento do traje.
Polvorinho em chifre de antílope - "Nilgai" - com elegante terminal em marfim representando a Makara, animal da mitologia Hindu, possuidor de forte significado para as comunidades locais, de cuja boca emerge uma gazela.
Porcelana decorada a azul-cobalto. Grande pote bojudo com corpo de seis lóbulos, que se reflectem na base e no colo, imprimindo‑lhe uma configuração sextavada. De gargalo curto e direito, foi torneado numa porcelana branca, pesada e espessa e de vidrado brilhante, levemente azulado. A decoração, num azul‑cobalto profundo, distribui-se por cinco bandas horizontais de diferentes larguras, separadas por linhas brancas.
Invulgar peça em faiança portuguesa do século XVII, representando baú de caracter artesanal, apoiado sobre patim incorporado, com cabeça de animal fantástico, com decoração a azul-cobalto sobre esmalte branco. A tampa e a frente do cofre estão delimitadas por friso a azul e preenchidas por cartela com enrolamentos simétricos de folhas de acanto, desenvolvidas ao modo barroco, através de pincelada gestual e espontânea, ponteadas por ramos de aranhões, vulgarmente inspirados nas folhas de artemisa da porcelana chinesa do período Ming.